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Crítica Liga da Justiça (2017) | Um vilão aquém das expetativas que tinha tanto para dar

Diogo Fernandes

Uma filme leve para uma sessão de cinema

Liga da Justiça é um filme que te dá duas horas de bom de entretenimento, com algumas falhas e que o deixam longe de se tornar no super filme de heróis da DC Extended Universe que se esperava.

Movido pela fé restaurada na humanidade e inspirado pelo ato de coragem do Super-Homem, Bruce Wayne e a sua nova aliada, Diana Prince, enfrentam um inimigo ainda maior. Juntos, Batman e Mulher-Maravilha vão recrutar uma equipa de meta-humanos e fazer frente à mais recente ameaça mundial. A eles juntam-se Aquaman, Flash e o Cyborg, mas será que chegam a tempo de salvar o mundo?

Várias foram as coisas que me deixaram um pouco desiludido com a versão do filme. Um dos exemplos é que para quem vive em Portugal e quiser ver na HBO Portugal numa televisão 4K, o meu conselho é, NÃO O FAÇAM! A qualidade do filme ficou bastante aquém de quem como eu aprecia um bom filme em alta definição como se pode ver na concorrência Disney+, Amazon Prime Video nem na Netflix. Espero bastante que com a chegada do HBO Max à Europa este problema venha a ser resolvido.

Agora sim, vamos falar do filme em si. As duas horas que despendi a ver o filme foram bem passadas, com uma boa quantidade de ação e personagens que achei bem construídos e trabalhados. Neste sentido não achei que nada tivesse sido exagerado, e que o tempo de antena dado a cada artista foi bem escolhido.

Sendo esta a minha segunda vez a ver o filme, consegui perceber que Mulher Maravilha (Gal Gadot) age como uma mãe e líder do grupo, no sentido em que se vê por vezes esta a salvar a equipa através das suas palavras, acabando sempre a uni-los e mais focados que nunca nos seus objetivos.

À exceção destes pontos que achei positivos tenho vários pontos negativos que me fizeram confusão, como o facto do nosso vilão ser derrotado com uma facilidade inacreditável pelo Super-homem, numa batalha que poderia ter sido épica e brutal, ao ponto de se poder comparar à vista em Vingadores: Endgame, e que é de longe o que acontece. Outro ponto fraco, é que o filme banaliza a força de Atlântida e Themyscira (Ilha onde nasceu Mulher Maravilha), sítios que supostamente deveriam ter guerreiros "bastante fortes", e o nosso vilão derrota-os como se não fossem nada.

Outro ponto que gostava de ter visto mais explorados, seria a parte cómica dos nossos personagens, como se vê no filme de Aquaman. No entanto sei que isto pode ser mais um gosto próprio do que propriamente uma crítica. Na minha opinião estes momentos dão outro tipo de vida aos filmes, e que os fazem como que filmes um pouco mais pesados se tornem mais fáceis de ver.

A razão por detrás dos objetivos do nosso vilão não me pareceram convincentes, ao contrário, e mais uma vez comparando com Vingadores: Endgame, onde Thanos queria estabelecer a ordem do universo. Neste caso, o vilão parece que simplesmente quer conquistar o mundo porque é um dever dele, não especificando a razão por detrás de ele ter de realizar esse dever. Será só porque sim? Porque gosta de poder?

Um ponto que sempre gostei do universo da DC é o mistério que se esconde por detrás de alguns personagens, como é o caso de Batman e Super-homem, em que se sente que nunca se vê demais deles nos filmes, e este é um sentimento que voltei a sentir e adorei.

Em relação aos efeitos especiais não me pareceram os melhores do mundo, o que pode ser por causa da qualidade do HBO Portugal, mas estão bem adequados ao filme que se espera ver. As cores do filme vão de encontro ao que se costuma ver em filmes da DC Extended Universe, e talvez mesmo pela cultura imposta um pouco por toda a Warner Bros. Pictures, onde se utilizam por norma sempre filtros com cores um pouco escuras.

Numa opinião final, tenho a dizer Liga da Justiça é um filme leve de se ver e não necessita de muito pensamento, o que dá um sentimento agradável de se ver numa bela tarde de domingo. Já se fores um fã fanático da DC não sei se será a opção para ti, mas bem, isto é a minha opinião. Boas visualizações.