Sweet Tooth é uma série de fantasia pós-apocalíptica da Netflix, com uma visão mais suave, doce e sem zombies. Entretanto, o nome é estranho para quem não conhece a série, mas faz todo o sentido com a história. "Sweet" é o nosso protagonista, Gus, que conquistou o coração de todos que acompanharam a sua história. Aqui está a crítica sobre a série, cuidado com os spoilers!
O enredo da série
A história acontece dez anos depois do "Grande Desmoronamento", onde um vírus matou a maior parte das pessoas. Mas, enquanto as pessoas morriam, aconteceu algo inesperado, os bebês começaram a nascer com partes animais, híbridos. Gus, o nosso protagonista, nasceu com partes de veado, com orelhas e hastes além de sentidos bem desenvolvidos. Ele, é um menino cheio de energia e alegre que viveu durante 10 anos com o seu Paba (pai) no parque de Yellowstone, protegido de toda a confusão. Ambos viviam de forma simples, mas o seu pai ensinou-lhe tudo o que podia, inclusive falar e escrever, assim Gus cresceu extremamente curioso. Mas, tudo muda quando a sua casa é marcada pelos Últimos Homens e o seu pai morre a defender.
Então, Gus conhece um ex-jogador de futebol americano, Jepp, que o acompanha na sua aventura e o tenta proteger de todo o mal. Jepp, tem um passado sombrio que tenta esconder, mas a Ursa acaba por revelar tudo e com alguns acontecimentos inesperados junta-se aos dois na viagem até Colorado.
A série tem dois tramas secundários, mas muito importantes para a história principal. A história da Aimee, de que era uma terapeuta e que criou uma reserva num zoológico abandonado. Lá ela acolhe híbridos e cria a sua filha adotiva Wendy, uma menina com nariz e orelhas de porco. Por outro lado, Adi Singh é um médico que agora trabalha para encontrar a cura do vírus. A sua esposa é uma das pessoas infetadas, mas ela é o teste para as vacinas, conhecida como "Desconhecida". Nesse trama, vemos o líder dos Últimos Homens, general Abbott, que caça os híbridos para as vacinas e acaba por atacar a reserva.
O desempenho dos personagens
O elenco de Sweet Tooth é perfeito para a série e o Christian Convery é a estrela de toda a série! Convery interpreta Gus e fez um trabalho incrível ao dar vida ao personagem. Ele fez o Gus parecer bonito, mas não superficial, inocente sem ser ingênuo, simpático, mas sem parecer muito perfeito. Christian criou o equilibro necessários para que Gus seja real para quem assiste e conseguimos sentir as emoções dele facilmente.
Já Nonso Anozie, que interpretou Jepp, nos convenceu com a sua história de ex-vilão e mostrou como as pessoas mudam com o tempo. Depois do Gus ele é o segundo personagem com maior desenvolvimento. Mas, todos do elenco contribuíram para que a série seja cheia de vida, emocionante e com a tensão certa para todas as idades.
Opinião pessoal
A série tem o seu charme e eu amo as séries e filmes de fantasia que nos apresentam universos diferentes. Mas, acima de tudo, a série prende a atenção nos primeiros 20 minutos, com detalhes e mistérios que não conseguimos entender. Numa série com temática de fim do mundo é esperado ver grandes efeitos especiais que logo notamos, mas nesta os efeitos especiais são mais necessários e "leves", vemos os bebês híbridos com penas, bicos, espinhos, bigodes, etc.
Sobre o final, nem sei como descrever aquele momento, era mistura de tristeza, raiva e felicidade, tudo ao mesmo tempo. Ver o Gus a sofrer pela verdade que descobriu certamente partiu o coração, tal como a "morte" de Jepp. Mas vimos um lado mais carinhoso da Ursa e que a mãe do Gus ainda está viva. Além disso, Gus finalmente conheceu outros híbridos como ele, apesar de circunstâncias desagradáveis. É um final e tanto, que deixou imensas pontas soltas que de certo nos levarão a uma segunda temporada.
Por fim, se gostas de séries de fantasia como Shadow and Bone, The Irregulars, etc é a série perfeita para ti! Mas, prepara alguns lenços se fores emocionalmente fraco como eu.
