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"Joker 2: Folie à Deux" custou mais que o triplo do orçamento do primeiro filme

Tiago Silva, 23 de fevereiro de 2024 01:08
"Joker 2: Folie à Deux" custou mais que o triplo do orçamento do primeiro filme

Um das sequelas mais antecipadas do ano é Joker: Folie a Deux. O filme reúne o realizador Todd Phillips com o protagonista Joaquin Phoenix, que mais uma vez regressa ao seu papel como o Príncipe Palhaço do Crime.

Desta vez, o elenco irá receber um grande impulso de estrelas com a entrada de Lady Gaga na pele de Harley Quinn. Mas esse novo poder de estrelas - e presumivelmente algum valor de produção - vem a um custo elevado. De acordo com o Variety, foi revelado que o orçamento da sequela ronda os 200 milhões de dólares, um aumento surpreendentemente abismal tendo em conta que o original Joker custou menos de 60 milhões.

O orçamento para Joker: Folie a Deux aumentou muito além dos nove dígitos devido a vários fatores, que inclui um pagamento de 20 milhões para Phoenix e um cheque de 12 milhões para Gaga. Embora o valor não tenha sido citado neste relatório, espera-se que Phillips também receba um salário elevado pelo seu regresso como coargumentista e realizador.

Dado que o primeiro filme arrecadou 1.07 mil milhões de dólares nas bilheteiras mundiais e continua a ser o filme para maiores de 16 anos mais lucrativo de sempre, é compreensível que a Warner Bros. se sinta confiante em gastar mais com a sequela. No entanto, isto é, para muitos internautas, "um exagero".

O site avança que a sequela não precisa, necessariamente, de angariar 1 mil milhões para justificar o preço de orçamento. No entanto, em comparação com o original, a continuação terá de chegar, pelo menos, aos 600 milhões na bilheteira mundial para recuperar o investimento (se assumirmos que o estúdio não irá gastar mais que 100 milhões no marketing). E dado o que se tem passado com os filmes de super-heróis nos cinemas ultimamente, isso está longe de ser uma garantia, mesmo quando estamos a falar de uma sequela de um filme tão bem sucedido. Aumentando ainda mais o fator de risco está a presença de elementos musicais.

Fazer musicais é uma aposta entre o sucesso e o falhanço. Mais recentemente, a Warner Bros. teve sucesso com Wonka, já que o filme ultrapassou a marca dos 600 milhões em todo o mundo. No entanto, o estúdio também teve grandes perdas com The Color Purple, é esperado faça um prejuízo de 40 milhões. Uma vez que o primeiro Joker foi um sucesso estrondoso, é justo que o estúdio permita a Phillips correr um risco com a sequela. No entanto, ao fazê-lo, também deveria estar a mitigar parte desse risco em termos de custo.

Isto acontece numa altura em que os filmes de super-heróis estão a falhar nas bilheteiras em todos os lados. A DC teve um ano terrível em 2023, com Blue Beetle (100 milhões de orçamento/129 milhões nas bilheteiras), Shazam! Fury of the Gods (125 milhões de orçamento/134 milhões nas bilheteiras) e The Flash (200 milhões de orçamento/270 milhões nas bilheteiras) a falharem muito abaixo das expectativas. Até o recente Aquaman and the Lost Kingdom (215 milhões de orçamento/433 milhões nas bilheteiras) conseguiu desiludir, mesmo considerando o sucesso explosivo do primeiro filme. A Marvel não foi exceção no ano passado: The Marvels (220 milhões de orçamento/202 milhões nas bilheteiras) foi um fracasso e Ant-Man and the Wasp: Quantumania (275 milhões de orçamento/476 milhões nas bilheteiras) conseguiu ficar muito aquém do esperado. O único filme baseado em banda desenhada que foi um sucesso absoluto no ano passado foi Guardians of the Galaxy Vol. 3.

Joker: Folie a Deux está agendado para estrear nos cinemas no dia 4 de outubro.



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