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Stephen Amell, ex-estrela de "Arrow", comenta a greve dos atores: "Não apoio"

Tiago Silva, 2 de agosto de 2023 06:52

Num momento em Hollywood em que vários membros da indústria demonstram o seu apoio pela greve do Sindicato dos Atores (SAG-AFTRA), o ator Stephen Amell também decidiu partilhar os seus pensamentos sobre o protesto. (via TVLine)

Durante uma aparição no GalaxyCon em Raleigh, na Carolina do Norte, EUA, a ex-estrela da série Arrow revelou que não apoia a atual greve: "Sinto que estou isolado em Hollywood porque é onde vivo. Sinto que muitas pessoas nesta sala não estão cientes da greve. Eu apoio o meu sindicato, sim, e estou com eles, mas não apoio greves. Não o faço."

Ele continuou: "Acho que é uma tática negocial redutora e acho toda esta situação incrivelmente frustrante. Penso que a forma como é encarada em relação a séries - como é o exemplo desta série [«Heels»] em que estou e que estreou ontem à noite - é míope, mas estou com o meu sindicato."

Nas horas seguintes, desde internautas a atores que se encontram nas linhas da frente do protesto criticaram as afirmações de Amell

Já na terça-feira, o ator recorreu ao Instagram para esclarecer as suas declarações, escrevendo, em parte: "Para garantir que não existem mal-entendidos sobre os meus pensamentos e intenções, estou a fornecer o que realmente disse e clarificar o contexto para garantir que os meus sentimentos não sejam interpretados de forma mal intencionada. Todos sabemos que as declarações podem ser retiradas do contexto e tenho demasiado respeito pelos meus colegas do Sindicato para não clarificar a situação."

Amell é um dos primeiros atores a pronunciar-se contra a greve, que começou em 14 de julho depois do contrato da SAG-AFTRA ter expirado e as negociações terem falhado com a Alliance of Motion Picture and Television Producers, associação que representa os estúdios. O Sindicato explicou que as questões-chave em jogo - incluindo a compensação de streaming e inteligência artificial - são tão importantes para os atores que sentiram que uma paralisação era necessária para obter o melhor acordo.

Quando a greve foi declarada, a presidente da SAG-AFTRA, Fran Drescher, explicou que o Sindicato estava desiludido por ter chegado a este ponto com a AMPTP: "Somos as vítimas aqui. Estamos a ser vitimados por uma entidade muito gananciosa. Estou chocada com a forma como as pessoas com quem temos feito negócios nos estão a tratar. Não consigo acreditar, francamente, o quão distantes estamos em tantas coisas. Como eles alegam pobreza, que estão a perder dinheiro por todos os lados, enquanto dão milhões aos CEOs. É nojento, é uma vergonha."