-

Crítica, Exército dos Mortos, o filme de zombies sem misericórdia

Diogo Fernandes, 8 de agosto de 2023 23:49

Exército dos Mortos estreou em maio na Netflix, e foi um filme que na altura comecei adiar, e acabei por nem chegar a ver. Agora em outubro, finalmente ganhei coragem para ver e foi mais um filme que não me desiludiu, com um final inesperado e que me deixou "a mim" triste.

Na sinopse podemos ler "Durante um surto de zombies em Las Vegas, um homem (Dave Bautista) reúne um grupo de mercenários para assumir a derradeira batalha: aventurarem-se na zona de quarentena para realizar o maior assalto alguma vez feito.".

Vamos à crítica

O filme Exército dos Mortos é um filme cheio de ação, que não poupou qualquer esforço em entregar todos os efeitos especiais que desejava. Em nenhum momento senti uma possível falta de orçamento e achei que o nome "Zack Snyder" é visível ao longo de todo o filme.

Admito que o único filme que vi dele, foi o Liga da Justiça de Zack Snyder, e mesmo assim assim achei várias semelhanças. Nesta produção da Netflix, onde este esteve envolvido na Diretor, no Guião, e até na própria Produção, sente-se o seu envolvimento ao longo de todo o filme, desde os efeitos especiais, passando pelos diálogos, e acabando na câmara. Este é mesmo um filme 100% Snyder, que acaba por surpreender.

A história não é muito imprevisível, já que muitos dos momentos conseguimos anteceder, não criado grandes mistérios nem reviravoltas. Acho que dos poucos momentos que não esperava, está relacionado com o destino do protagonista, Scott Ward (Dave Bautista).

Sendo este um filme de Ação, Aventura, Zombies, Terror, Crime, acho que de todos, a palavra que mais se lê nas entrelinhas é mesmo Terror. Digo isto, porque parece que Snyder não esteve muito interessado em deixar personagens vivos. Para além disto, não são deixadas grandes pontas soltas, o que nunca me faria pensar que este fosse ter um "segundo filme".

Dois pontos que me surpreenderam, foi a existência de demasiadas cenas nojentas, que honestamente não me fizeram grande impressão, mas eram certamente cenas que não estava à espera.

A quantidade de piadas ficou bastante reduzida, algo que nem estava à espera, já que foge um pouco ao que aconteceu na sua versão de Liga da Justiça, em que este removeu tudo o que eram cenas de comédia,

Num pequeno comentário aos protagonistas, tenho a dizer que todos tiveram o seu papel e momento, e que me fizeram de uma maneira ou de outra, adorar cada uma delas. Bem, à exceção de Martin (Garret Dillahunt), que nem sei se o deva colocar do lado dos bons ou dos maus.

Os zombies nesta produção são mostrados a todo um outro nível, onde existem alguns que desenvolveram consciência e que pensam. Por diversos momentos queria acreditar que alguns iriam falar, o que não acabou por acontecer. E até acho que fico feliz por isso, já que seria um grande abuso.

Em ponto negativo, tenho a apontar principalmente na história principal. Que por mais que se fale de dinheiro, achei bastante estranho a facilidade como que todos as pessoas abordadas aceitassem de forma tão fácil um trabalho que provavelmente lhes iria tirar a vida. Outro momento que foi totalmente escusado, foi o criado entre Scott Ward e Maria Cruz, em que esta se declara os seus sentimentos por ele. Este seria algo que deveria ter sido aproveitado, mas de forma profunda ao longo do filme, o que na realidade não aconteceu. Tendo esta declaração sido sentida quase como um choque para o espetador. Ou pelo menos falo por mim.

Não falando de forma tão negativa, à exceção deste momento, acho que este é um filme mesmo "brutal", que dá uma bela sessão de cinema em que o espetador de envolve de forma profunda com a história. Não percas, Exército dos Mortos, já disponível na Netflix.

Excusado será dizer que estou ansioso por Exército de Ladrões, que estreia já dia 29 de outubro de 2021.